segunda-feira, 7 de julho de 2008

Restaurante D.O.C. – Armamar

É na marginal, para muitos a mais bonita do país, a EN 222 que corre paralela ao rio Douro, que se descobre na Folgosa, pouco depois da cidade da Régua o D.O.C. Só por si o nome revela a sua graça e funciona em simultâneo como uma classificação adequada ao que por aqui se encontra.



Uma varanda sobre o rio






Pelas terras do Douro, Património Mundial, é um fenómeno sem explicação a inexistência de locais, no mínimo aprazíveis para apreciar em envolvência gastronómica adequada, a beleza que a Natureza, com a contribuição secular do Homem, proporciona.



É, assim, difícil descobrir um sítio onde se vá por comer bem e ainda muito mais difícil onde se vá, passe a repetição, por comer bem e em local agradável.



Finalmente, o carácter empreendedor do proprietário do restaurante Cepa Torta em Alijó, que é um dos poucos pontos procurados por bem comer, veio proporcionar neste restaurante recentemente inaugurado, aquilo que há muito tempo fazia falta por estas terras de particular beleza.



O D.O.C. não é só um restaurante. Veio aproveitar na Folgosa do Douro um amplo edifício literalmente construído em cima do rio, onde se pode chegar de barco estacionável na marina disponível e usufruir deste local de eleição para um fim de tarde deslumbrante na sua esplanada.



Esplanada essa que também funciona na hora das refeições quando o tempo o permite. Como se vê são já várias e relevantes as inovações por estas terras do Douro.



Cozinha trabalhada






Foi precisamente o proprietário do referido Cepa Torta quem se dedicou às artes gastronómicas, tendo vindo a aprender novas técnicas tanto no país como no estrangeiro, incluindo, entre outros, um estágio com o grande chef Miguel Castro Silva. O resultado foi trazer novidades à restauração duriense sem no entanto deixar de aproveitar a referência das raízes da cozinha tradicional desta região.



São muitas as hipóteses com a vantagem de serem apresentadas sob formas variadas. Quer isto dizer que para além da ementa propriamente dita, é possível optar pelo menu de degustação onde a terrina de ‘foie gras’ em vinho do Porto contracena com a morcela de Trás-os-Montes, o ‘risotto’ de sapateira e lombinho de vitela maronesa.



Mais engraçado pela sua originalidade será o menu de azeite, onde se pode experimentar o bolinho de alheira com míscaros em azeite trufado, o bacalhau com broa em azeite virgem de Murça, o medalhão maronês com migas de batata, grelos e broa e o tradicional pudim de azeite com laranja. Como se vê pela descrição acima, a preocupação do cozinheiro em revelar aos seus clientes sugestões diferentes é óbvia. Como curiosidade refira-se que num ecrã disponível na sala o que passa não é produto da TV Cabo, é a própria cozinha do restaurante revelada ao cliente



Mas há ainda muito por explorar. Outro menu, chamado de executivo, onde se combinam várias das propostas da ementa propriamente dita. Deixe-se ficar a sugestão para os milhos à transmontana, as migas de alheira e um bacalhau lascado com puré de grão de bico. O peixe fresco e do mar representado pelo robalo prova que a velha ideia de que no interior só o bacalhau vingava é falsa.






De carnes está o D.O.C. bem servido, começando pelo lombo de vitela, o porco bísaro, o cachaço com requinte de temperatura na cozedura prolongada e a caça, perdiz e javali do monte. Saúde-se a existência do prato vegetariano e para os mais preocupados com a “saison” uma hipótese de dieta.



Estamos ainda no princípio, mas como se pode perceber a promessa parece consistente, embora não ficasse mal um ou outro apontamento, em tantas hipóteses, de cozinha verdadeiramente regional.



Vinhos D.O.C.






Louvável é, como o local bem o merece, a selecção de vinhos apresentada. Com a vantagem de ser também servido a copo, fora das banalidades correntes. Uma boa hipótese para ver da esplanada o comboio a passar ali mesmo em frente pela Quinta das Murças. Evidentemente com a produção do Douro em destaque. Destaque que se prolonga pela lista, ainda não completa, mas elaborada cuidadosamente com a indicação devida do ano e do enólogo. Algumas raridades estão disponíveis.



Por fim, a sobremesa. A escolher entre o pão-de-ló molhado, o bolo borrachão ou o queijo da Serra com marmelada de Touriga nacional. Na companhia, ou não, conforme o gosto, por um Porto.



E assim fica de parabéns o Douro que ganhou um restaurante D.O.C.

sábado, 5 de julho de 2008

Retaurante Gemelli

Restaurante Gemelli

Localização: Rua Nova da Piedade 99 - Lisboa1200-297 LISBOA

Reserva: Aconselhável

Responsável: Augusto Gemelli

Horário de Funcionamento: Das 12:30 às 15:00 e das 20:00 às 23:30

Acessos: Metro: Rato

Ambiente e decoração: Ambiente informal, acolhedor e intimista.

Dia(s) de Encerramento: Sábados (Almoços), Domingos

Formas de pagamento: Cartões Crédito, Multibanco

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Sábado, 05/07

Apelidado com um dos melhores, senão o melhor, restaurante italiano do país, parecia a escolha acertada para um jantar com um grupo de amigos, no passado dia 05/07, sábado. Com reserva efectuada para as 09:30 e tendo sido um dos primeiros a chegar ao restaurante a primeira impressão foi muito má. Situado no segundo piso do mercado de São Bento, uma escadaria dava acesso à sala de jantar com chão em tijoleira que, em conjunto com umas paredes brancas davam um ar desolador a uma sala com cerca de 10 mesas. O serviço foi sempre simpático. Já em relação à ementa... bom, por sugestão do chefe da sala, e por sermos 8 pessoas, foi-nos aconselhado o menu degustação (49€). Péssima escolha. Por 49€ foi servido uma sopa de tomate fria e paté? de foi grás? Sinceramente não me pareceu fazer justiça à fama a que está conotado nem tão pouco merecerá o benefício da dúvida a uma segunda visita. Nos dias que correrem a oferta é grande e é a qualidade a fazer a diferença, e por este valor existe um leque de oferta que me dão garantias de uma boa refeição.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Restaurante Varanda de Lisboa - Hotel Mundial

Restaurante Varanda de Lisboa

Localização: Praça do Martim Moniz 2 - Lisboa1100-198 LISBOA

Reserva: Aconselhável

Responsável: Pedro Frazão e Francisco Lopes

Acessos: Metro: Rossio

Ambiente e decoração: Restaurante com ambiente acolhedor, e com uma vista panorâmica sobre a cidade de Lisboa de tirar a respiração. Tem musica ambiente tocada presencialmente.

Formas de pagamento: Todas

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Segunda-feira, 30/06

Com o pretexto de jantar com os meus primos e entregar algumas prendas trazidas de NYC para as pequeninas, fomos então jantar ao restaurante do Hotel Mundial, a Varanda de Lisboa. O encontro estava marcado para as 20:30. Aproveitámos para tomar unm aperitivo no bar do hotel, que já nos habituou com o seu serviço sempre atencioso. Subimos depois ao 8º andar para o restaurante. Esperava-nos uma mesa redonda, à esquerda do piano, com uma vista soberba para o Castelo de São Jorge e de onde se podia avistar também toda a baixa Pombalina e claro, o Tejo!! É uma vista indescritível, sempre que lá vou parece que consigo descobrir algo de novo desta nossa maravilhosa cidade. Recuperados da visão sobre Lisboa, sentámo-nos então à mesa. O serviço é 5 estrelas. Simpático, atencioso, acolhedor e profissional. A ementa estava escolhida. Depois de uns salgadinhos de entrada , veio então a picanha. Estava fabulosa. Terminei com um leite creme e uma café. Este é para mim um dos melhores restaurantes de Lisboa, com uma vista espetacular ao qual nunca me canso de ir. Recomendo vivamente, de preferência em boa companhia para acompanhar a noite a abraçar Lisboa...